Claudio Considera

Doutor em Economia (UFF), mestre em Economia (UnB), pós-graduado em Análise Econômica (CENDEC/IPEA) e graduado em Economia (UFF). Foi chefe das Contas Nacionais do IBGE (1986-1992), Diretor do IPEA (1992-1998) e Secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (1999-2002). Atualmente coordena o Núcleo de Contas Nacionais (NCN) da FGV IBRE, sendo um dos autores do Monitor do PIB-FGV e do IAE-FGV.

O hiato do produto

Uma preocupação recorrente entre os economistas é entender se há alguma pressão de demanda que pode vir a provocar alterações na política monetária. O cálculo do hiato do produto busca contribuir para essa discussão, já que variações do hiato indicam se há ou não pressão inflacionária. Sendo uma variável não observável, a tarefa dos economistas é estimar o produto potencial (aquele que é possível utilizando-se toda a capacidade produtiva) e calcular o hiato, que é definido pela diferença entre o produto potencial e o produto efetivo.

Hiato do produto do PIB, da Indústria e dos Serviços

O cálculo do produto potencial é um tema polêmico entre os economistas, por ser uma variável não observável e com diversos métodos de estimação, que geram resultados diferentes. Essa discrepância entre os resultados faz com que sejam contadas diferentes versões sobre qual seria o produto potencial do país. Dispor, portanto, de uma medida robusta para o hiato do produto é importante.

O hiato do produto se reduz no terceiro trimestre

O PIB do terceiro trimestre recém divulgado trouxe algumas boas surpresas sobre a dinâmica do crescimento econômico brasileiro. Este texto atualiza até o terceiro trimestre de 2019 outros três artigos anteriormente publicados sobre as estimativas do produto potencial, o hiato do produto (diferença entre o PIB efetivo e o PIB potencial), e a produtividade total dos fatores (PTF).

Retrato de uma tragédia – a estagnação econômica brasileira*

1. A tragédia da estagnação econômica brasileira

A decisão de iniciar este texto com os dois gráficos autoexplicativos acima teve como objetivo evidenciar o desastre econômico e social que o país está passando desde que se iniciou a recente recessão que durou do segundo trimestre de 2014 ao quarto trimestre de 2016.

Cadastro ‘impositivo’ começa a valer

Começou a valer na prática nessa terça-feira (9) o cadastro positivo obrigatório, com a inclusão de informações de pagamentos de todos os consumidores. As instituições financeiras, varejistas e prestadoras de serviços de energia, telecomunicações, gás, entre outras, terão um mês para enviar informações dos consumidores sobre os pagamentos feitos.

Bolsonaro e a taxa de desemprego do IBGE

Ganhou manchete dos jornais a reação do presidente Bolsonaro à divulgação do número de desempregados revelados pela PNAD Contínua. No trimestre móvel dez-jan-fev, o número de desempregados chega a 13,98 milhões de pessoas desocupadas. No trimestre móvel nov-dez-jan havia sido 12,669 milhões e no trimestre móvel out-nov-dez, 12,195 milhões. Esse resultado dá a falsa impressão que o governo Bolsonaro criou mais desemprego.

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