Samuel Pessoa

Samuel de Abreu Pessoa. Físico e professor de economia, é pesquisador do FGV IBRE e sócio diretor do Julius Baer Family Office.

Greve dos caminhoneiros: erros da nova matriz e esgotamento do contrato social

Com grande velocidade a greve dos caminhoneiros desorganizou a produção e a vida das pessoas. Em menos de uma semana as cidades brasileiras viviam clima de feriado, com longas filas nos poucos postos de gasolina com combustíveis, enquanto diversas atividades produtivas estavam paradas. Produtores de leite não conseguiram escoar a produção e granjeiros viram frangos e porcos morrerem por falta de ração. Somente para ficarmos nos setores com maior impacto midiático.

Depressão brasileira: causas passadas ou presentes?

A crise brasileira terminou, segundo o Codace, no quarto trimestre de 2016. Foi a segunda maior perda de PIB per capita dos últimos 120 anos e a crise mais longa, isto é, aquela em que se passarão mais anos até que o PIB per capita atinja o pico prévio, no caso, 2013.

Para termos uma ideia da profundidade da depressão, basta lembrar que, no auge da perda de PIB per capita, em 2016, registrava-se uma queda de 9,1% em comparação a 2013.

Política fiscal e sustentabilidade: debate com Manoel Pires

Nós travamos um debate recente com Nelson Barbosa sobre o tema do autofinanciamento da dívida pública. Alguns criticaram nosso artigo afirmando que havíamos criado um espantalho. Nada mal que, para além das referências que citamos, posteriormente Marcio Pochmann tenha defendido que basta crescer para resolver o problema fiscal.

Será que o Brasil está finalmente vacinado contra o populismo econômico?

Como já discutimos mais de uma vez neste espaço, a profunda crise que se abateu sobre a economia brasileira a partir do segundo trimestre de 2014 – a taxa de investimento iniciou seu processo de queda no quarto trimestre de 2013 –, e que acabou por se tornar a segunda maior perda de PIB per capita e a mais longa crise dos últimos 120 anos, resultou do esgotamento de duas dinâmicas.

Hiato de recursos: quando a inflação virá?

A inflação caiu. Fechou 2017 em 2,95% e as expectativas Focus sugerem que fique em 3,9% em 2018. Esta projeção pressupõe que a inflação de alimentos este ano atinja o nível de 4%-5%, “devolvendo” em parte a deflação de 5% do ano passado. Nossa avaliação na FGV IBRE é que a inflação de alimentos ficará na casa de 2%, e que o IPCA fechará 2018 em torno de 3,5%, abaixo do consenso atual do mercado.

As boas surpresas de 2017 e os riscos à espreita em 2018

O evento econômico mais importante do ano recém-terminado foi a calma com que os mercados financeiros absorveram o desastroso acontecimento político de 17 de maio de 2017. Temer saiu vitorioso, mas com grande desgaste do seu cacife político, que resultou no adiamento da reforma da Previdência. Não obstante esse revés, o câmbio e o risco país mantiveram-se relativamente calmos em 2017.

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