Samuel Pessoa

Samuel de Abreu Pessoa. Físico e professor de economia, é pesquisador do FGV IBRE e sócio diretor do Julius Baer Family Office.

De onde virá a “baleia”?

O banco central americano, Federal Reserve, ou simplesmente Fed, alterou a política monetária dos Estados Unidos. Com isso, em função da importância da economia americana, alterou a política monetária mundial.

Tudo indica cenário de pouso suave da economia americana, para crescimento em 2020 de 2%, com inflação na meta e Fed Funds constantes, isto é, a 2,5% – e, portanto, juro real de 0,5%. 

A luta de classes, o moto perpétuo pseudo-keynesiano e o exemplo enganoso do Japão

No século XIX, a luta de classes ocorria no chão de fábrica e nas ruas. Tempos de greves, manifestações e cavalaria dispersando violentamente os trabalhadores.

A luta de classes tinha um princípio básico. Os recursos são escassos e, para reduzir a desigualdade e construir uma sociedade mais justa, era necessário tirar de quem tem.

Como ficará a política monetária em 2019?

O ano de 2018 foi caracterizado por forte surpresa negativa na atividade econômica. No início do ano passado, considerávamos que a economia brasileira iria crescer 2,9% em 2018. Com a passagem do ano a previsão foi caindo até 1,1%, resultado medíocre confirmado pelo IBGE em 28 de fevereiro. Ou seja, a revisão de nosso cenário de atividade entre fevereiro de 2018 e o mesmo mês de 2019 foi de 1,8 ponto percentual (180 centésimos de p.p.).

Por que as instituições fiscais de FHC não evitaram a crise das contas públicas?

O olhar retrospectivo nos leva para um período, segunda metade da primeira década deste século e início da segunda, em que parecia que a solvência da dívida pública no Brasil era um tema do passado.

Em abril de 2008, a S&P estabeleceu que a dívida soberana brasileira apresentava grau de investimento. Essa decisão foi seguida pela Fitch em maio de 2008, e pela Moody’s em setembro de 2009.

A delegação de Bolsonaro e o pacto social

O governo Bolsonaro interrompe ciclo de seis eleições consecutivas – duas com PSDB e quatro com o PT – vencidas por partidos que defendem um projeto socialdemocrata. Nesse sentido, a transição é natural e saudável.

No entanto, é importante que o grupo político vitorioso entenda a delegação que ganhou das urnas. Não parece haver por parte do eleitorado um desejo de profunda redução do gasto social.

Chile: no caminho certo

Segundo a divulgação de outubro último da base de dados do FMI, World Economic Outlook, a economia chilena atingirá renda per capita em 2022 de US$ 25.000, 64% maior do que a brasileira e 34% maior do que a argentina, ambas também em 2022. Se lembrarmos que, segundo a mesma base de dados, em 1980 o Chile tinha renda per capita 30% menor do que a brasileira e 46% menor do que a argentina, o desempenho no período foi muito positivo.

O papel do Estado na provisão de serviços públicos e no desenvolvimento econômico

O papel do Estado na economia pode, de maneira simplificada, ser organizado em duas dimensões. Na primeira, temos o Estado que dá maior segurança aos cidadãos e procura reduzir a desigualdade de oportunidades por meio da oferta de serviços públicos como saúde, educação, programas de assistência social etc.

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