Samuel Pessoa

Samuel de Abreu Pessoa. Físico e professor de economia, é pesquisador do FGV IBRE e sócio diretor do Julius Baer Family Office.

Chile: no caminho certo

Segundo a divulgação de outubro último da base de dados do FMI, World Economic Outlook, a economia chilena atingirá renda per capita em 2022 de US$ 25.000, 64% maior do que a brasileira e 34% maior do que a argentina, ambas também em 2022. Se lembrarmos que, segundo a mesma base de dados, em 1980 o Chile tinha renda per capita 30% menor do que a brasileira e 46% menor do que a argentina, o desempenho no período foi muito positivo.

O papel do Estado na provisão de serviços públicos e no desenvolvimento econômico

O papel do Estado na economia pode, de maneira simplificada, ser organizado em duas dimensões. Na primeira, temos o Estado que dá maior segurança aos cidadãos e procura reduzir a desigualdade de oportunidades por meio da oferta de serviços públicos como saúde, educação, programas de assistência social etc.

Fed: primeira etapa quase lá

No dia 17 de outubro, o banco central norte-americano, Federal Reserve (Fed), divulgou a ata da reunião do Comitê de política monetária que se reunira em 25 e 26 de setembro.

Logo após a reunião, o Comitê divulga um comunicado. A decisão foi de elevar em mais 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros, conhecida por fed funds rate (FF), para o intervalo entre 2% e 2,25%.

Por que não assinei o manifesto “Democracia Sim”

Este texto é a minha resposta, que quero tornar pública, a um convite para assinar o manifesto “Democracia sim”, que conclama os cidadãos brasileiros a não elegerem Jair Bolsonaro.

Quando recebi o e-mail, minha reação imediata foi a de querer assinar. Li rapidamente o texto e observei a lista de signatários. Conheço algumas pessoas naquela lista. Sinto-me muito à vontade de estar junto delas.

A emenda do teto do gasto explicita o corporativismo

Desde a estabilização da economia com o Plano Real em 1994, os gastos públicos têm crescido continuamente a uma velocidade superior à expansão do PIB. Consequentemente, a despesa primária da União, excluindo transferências para estados e municípios, saiu de 11% do PIB, na primeira metade dos anos 90, para os 20% atuais.

O impacto do elevado gasto previdenciário no Brasil na poupança doméstica

Com a disputa eleitoral a todo vapor, e o país em situação econômica periclitante, volta à tona a discussão sobre temas econômicos espinhosos e urgentes, como a reforma previdenciária. Não é novidade para ninguém que sem uma profunda reestruturação do sistema de aposentadorias e pensões brasileiro, o país não só terá muita dificuldade em crescer como provavelmente vai bater de cara no muro inflacionário logo, logo. Nessa breve nota, nosso objetivo é responder quantitativamente a duas perguntas. Primeiro: é verdade que o país gasta demais com previdência social?

Corrida de gato e rato entre economia doméstica e reinflação americana

A piora de maio no mercado doméstico veio da conjunção de inúmeros fatores: greve dos caminhoneiros e demissão de Pedro Parente da Petrobras, com enorme demonstração de fragilidade do governo Temer; diversos gestores respeitados do mercado financeiro apostando que o país não irá arrumar o desequilíbrio fiscal em seguida às eleições; pesquisas eleitorais apontando as enormes dificuldades, naquele momento, de consolidação da candidatura de Geraldo Alckmin (fato revertido posteriormente); contágio de países emergentes – Argentina e Turquia – com crises claras de balanço de p

Por que deve haver ajuste em 2019?

Na Ponto de Vista do mês passado, notei que vivemos pleno descolamento entre a economia e a política. As incertezas eleitorais que até maio não contaminavam o mercado passaram a pressionar fortemente as operações de renda fixa. Mesmo com inflação contida – deve fechar o ano pouco abaixo de 4%, apesar da forte desvalorização cambial –, o mercado projetava na segunda-feira, 30 de junho, elevação de pouco menos de 1 ponto percentual da Selic em 2018 e novas subidas em 2019.

Fim do descolamento entre a economia e a política

O governo Temer era a ponte para o futuro. A forte turbulência no segundo semestre de 2015 – fruto da frustração com a capacidade da presidente Dilma, auxiliada pelo ministro Joaquim Levy, de aprovar medidas no Congresso Nacional que solucionassem o desequilíbrio fiscal estrutural – foi “devolvida” com o movimento do impedimento da presidente no primeiro semestre de 2016. Isto é, a aguda piora dos indicadores econômico-financeiros reverteu-se com o processo de destituição da presidente.

Quais foram as verdadeiras causas da grande recessão brasileira?

Neste post, são disponibilizados dois conjuntos de slides que serviram como base para aulas ministradas por Samuel Pessoa e Bráulio Borges, em junho, no curso de macroeconomia da professora Laura Carvalho, da FEA/USP. Esses materiais trazem uma atualização do debate ocorrido neste blog há quase um ano, sobre as causas da recessão recente brasileira, bem como da lenta retomada.

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